Há uma ano, esta direcção do PSD e esta líder foram encarados com mal disfarçada ironia. O PS e o Eng. Sócrates iriam ganhar as legislativas com 10 pontos percentuais de avanço. O tempo até às legislativas seria um passeio para o Eng. Sócrates.
Instalado numa maioria absoluta, o Governo governou com indisfarçavel arrogância, autismo e falta de sentido de Estado. Dinamitou todas as pontes com a sociedade civil e com a oposição na AR.
O consenso parecia de tal forma generalizado, que nos órgãos de comunicação social, sobre muitos dos quais foi exercida enorme pressão, não se ouviam ou liam posições a questionar a governação ou o Eng. Sócrates.
Hoje, pouca gente se lembrará, mas todas as intervenções de Manuela Ferreira Leite foram analisadas, viradas do avesso, trocidadas e atiradas para o baú dos tesourinhos deprimentes.
A Dra. Manuela Ferreira Leite foi a primeira líder de um partido a falar do insuportável endividamento do país. De cada vez que falava era atacada de forma sistemática e brutal.
Foi persistente, nunca se afastou das críticas pertinentes que tinha que fazer, nunca cedeu ao facilitismo.
Dizem-nos as sondagens que PS e PSD se encontram empatados nas intenções de voto. Não se trata de uma corrida, mas de uma escolha decisiva para o futuro do país. Uma escolha entre o realismo e o sentido de Estado de Manuela Ferreira Leite e o discurso meditático oco de José Sócrates.
Não é uma corrida, e se fosse ainda não estaria terminada, mas está a fazer lembrar a corrida da velhinha tartaruga contra a ágil e esperta lebre.
[Texto original aqui]
Eis uma análise com a qual me revejo completamente...
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