17 dezembro 2009

Afinal, parece que a cúpula do MP quis abafar o caso 'Freeport'

Que Lopes da Mota se devia ter demitido do Eurojust em Maio passado, a fim de evitar o enxovalho que Portugal está agora a sofrer nesse organismo de cooperação judiciária entre os países da União Europeia, é coisa que qualquer pessoa não comprometida percebe.
É que é sempre lamentável sair de empurrão.
Mas o caso ganha maior gravidade quando é o próprio advogado de Lopes da Mota, o bem relacionado Magalhães e Silva, a desmentir frontalmente Pinto Monteiro, dizendo que o seu constituinte "está a ser o bode expiatório das pressões que, em Janeiro, a hierarquia do MP fez para que o caso Freeport fosse arquivado".
Quer dizer: a defesa de Lopes da Mota diz que houve pressões da cúpula do Ministério Público para que o caso de corrupção do Freeport não desse em nada.
Exige-se agora que o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, confirme ou infirme esta acusação de Magalhães e Silva.
Sob pena de o seu silêncio dever ser interpretado como confissão. O que também já não surpreenderá, diga-se.

[texto original aqui]

Sem comentários: