Mas o país, numa espécie de ‘síndrome de Estocolmo’ que só a psiquiatria explica, continua a sentir uma gratidão sincera pelo exilado de Paris que nos levou a todos para o buraco: um homem que, nas palavras de Cavaco (indesmentidas e temo que indesmentíveis), mentiu e manipulou as contas públicas; e, pior, adiou o pedidode ajuda financeira para não perder as eleições. Estas acusações, que estão para lá do imaginável, foram consideradas ‘deselegantes’ pela maioria dos opinativos; e trouxeram mesmo alguns órfãos socráticos, tipo Lello ou Silva Pereira, a chorarem em público pela memória do seu defunto. Um país que ainda respeita Sócrates não merece grande destino.
- João Pereira Coutinho
tirado daqui Chorar por Socrates
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