"..A Campanha é solidária? É. É útil e bem imaginada? Claro que sim. Faz sentido? Faz TODO o sentido.
Tem um pequeno problema: não nasceu nas convenções do Bloco, nos
Congressos do PCP nem nas reuniões cheias de independentes do PS. Nem
sequer nasceu no PSD ou no CDS. Isso torna tudo mais irritante para quem
vive no maniqueísmo absurdo do que é “bom” ou “mau” consoante o lugar
onde se senta nos hemiciclos desta vida.
É que este movimento, inteligente e válido, nasceu na Internet em
textos como este: “Queremos acabar com o desperdício. Nos tempos que
correm, o que há a mais num lado está a faltar noutro. O que nós fazemos
é equilibrar os dois lados: ter a certeza que aquela refeição do dia
não vai para o lixo e que chega de facto à mesa de alguém”.
É difícil perceber a validade, a oportunidade e a relevância desta ideia?
A esquerda-que-não-ri, e que se queixa de tudo sem alternativas para
nada, está a radicalizar o que só merecia carinho. Mas as coisas são
como são: com esta gente sempre de dentes de fora, fica difícil
distinguir a estrada da beira da beira da estrada. Tristes trastes."
Pedro Rolo Duarte
[texto completo aqui]
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