03 junho 2008

1942 - Batalha de Midway



Vista de cima parece o paraíso na terra. Mas naquele dia, 4 de Junho de 1942, as coisas eram muito diferentes.

Ali, com aquela paisagem em fundo decorreu uma das maiores batalhas aeronavais da história.







Estados Unidos e Japão desde Maio de 1942, estavam a prepar a luta.
Yamamoto comandante em chefe da esquadra japonesa, recebeu a diretiva em 5 de maio de 1942, ordenando a captura de Midway e certos pontos nas Aléutas.
Midway estava localizada a 1816 km a oeste, com ligeira inclinação para o norte de Pearl Harbor; nela havia uma base aérea de grande importância para ambos os países.
Do lado japonês, porém, a razão principal para a complicada operação do almirante Yamamoto eram os porta-aviões americanos, que não foram destruídos no ataque a Pearl Harbor e agora tinham de ser anulados, para impossibilitar o retorno da esquadra americana ao Pacífico. Assim, a ocupação de Midway era o isco para levar
o almirante Nimitz a lançar suas forças mais fracas, contra uma armada japonesa
amplamente superior.

Para a realização desse sonho, foi utilizada toda a marinha imperial japonesa com cerca de 200 navios, que incluiam 11 couraçados, 8 porta-aviões de esquadra, 22 cruzadores, 65 destróires e 21 submarinos.

Mais de 600 aviões faziam parte da força, 407 dos quais pertencentes aos 8 porta-aviões da esquadra imperial.

Em 4 de junho, os aviões dos porta-aviões japoneses, puzeram os aeródromos de Midway fora do combate. Esperavam os japoneses, no entanto, ansiosos o momento do encontro com os porta-aviões norte-americanos, porque a principal preocupação de Yamamoto era a destruição dos porta-aviões de Nimitz, que segundo acreditava Yamamoto, seria levado a reagir à investida à Midway lançando os porta-aviões americanos ao combate.
Isto teria sido feito, se Nimitz não soubesse através do serviço de inteligência americano de todas as mensagens inimigas, podendo-se preparar antecipadamente.

Compreendendo isto, Nimitz despachou as duas forças-tarefas: O Yorktown FT-17 sob o comando de Fletcher; e o Hornet e Enterprise FT-16 sob o comando do Contra-Almirante Spruance, para o nordeste de Midway, de modo que estariam longe do alcance do reconhecimento aéreo japonês, manobra essa que resultou na destruição de três dos oito porta-aviões japoneses, ao custo de um porta-aviões americano destruído, o Yorktown afundado a 6 de junho por um um submarino japonês, fazendo com isso a balança do poderio naval no pacífico pender para o lado americano pela primeira vez desde Pearl Harbor.

A batalha de Midway foi uma significativa derrota para o Japão, que nela perdeu um total de quatro porta-aviões de esquadra, um cruzador e cerca de 322 aviões, contra um porta-aviões americano de esquadra, um destróier e cerca de 152 aviões. Não há dúvida de que a decifração dos códigos inimigos conferiu aos americanos grande vantagem, contudo, os japoneses cometeram erros táticos e estratégicos. Um deles foi subordinar tudo à captura de Midway, outro foi revestir o plano de ação a excessiva complexidade.

Acima de tudo, no entanto, dois erros críticos do ponto de vista tático cometeram os japoneses: o primeiro de atacar com quatro porta-aviões ao mesmo tempo, o que significava que todos estavam envolvidos em operações de pouso e ataque simultâneos, o que os impossibilitou a cobertura por longos períodos de tempo: e a decisão de avançar na direção do inimigo enquanto havia operações de rearmamento em curso, nos porta-aviões.

Os japoneses talvez não se condenaram irremediavelmente em Midway, contudo, a partir daí, as suas possibilidades de vitória se reduziram consideravelmente o que levou o Almirante Nimitz a proferir uma célebre frase " Pearl Harbor está parcialmente vingado".





Retirado daqui, original de Alan Henriques

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